segunda-feira, 15 de março de 2010

Infertilidade versus Fertilidade

Num dia em que, nenhum tema me parecia interessante para um post, eis que um tema predominou e achei melhor falar dele. Enquanto iniciei a tarde a discutir questões de ter ou não filhos neste momento e quando seria esse momento. Mais para o final do dia, fiquei a saber que bem ao meu lado alguém vem a tentar, há cerca de um ano, engravidar.
Pois um acto que há uma década parecia tão natural e provável, hoje, e para uma grande parte de casais tornou-se um desafio.
Não sei se algum dia me será ditado o mesmo destino, mas a realidade é que hoje em dia, nunca é o momento certo ou por uma razão ou outra, e vamos adiando mais 9 meses, mas quando realmente o desejamos, por vezes é-nos negado. É triste mas é o panorama mundial.
Decidi então pesquisar sobre alguns métodos de fertilidade e sitessobre o tema, que quero partilhar aqui convosco. Espero que seja útil.
Pelo que descobri, a infertilidade afecta cerca de 120 mil casais em Portugal e por essa mesma razão é que já existe a Associação Portuguesa de Fertilidade, que tem como objectivos:
•Apoiar e promover a assistência médica e psicológica de todas as pessoas com problemas de fertilidade em Portugal;

•Defender a constituição de uma rede de centros de tratamento (públicos e privados) geograficamente equilibrada, sujeita a certificação e publicitação de resultados;

•Construir uma base de informação detalhada sobre todas as questões relacionadas com a fertilidade em Portugal, incluindo um directório dos centros de tratamento, um fórum público, um manual de fertilidade, informação sobre processos nacionais e internacionais de doação de gâmetas e de adopção de crianças;

•Promover o debate público e científico sobre a fertilidade, nomeadamente através do patrocínio de encontros científicos e acções de divulgação;

•Criar uma linha telefónica dedicada às questões da fertilidade;

•Criar uma rede nacional de aconselhamento e apoio psicológico, estabelecendo contratos com entidades na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais e associados em regime de voluntariado, tanto no Continente como nas Ilhas;

•Representar as pessoas com problemas de fertilidade junto das instituições e agentes, particulares ou estatais;

•Celebrar parcerias, acordos e protocolos com entidades públicas e privadas na área da fertilidade.
 
Entende-se infertilidade o resultado de uma falência orgânica devida à disfunção dos orgãos reprodutores, dos gâmetas ou do concepto. Um casal é infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua sem métodos contraceptivos. Esta definição é válida para o casal com vida sexual plena de amor e prazer (3-5 vezes por semana), em que a mulher tem <35 anos de idade (6 meses se ≥35 anos de idade), e em que ambos não conhecem qualquer tipo de causa de infertilidade que os atinja. Também se considera infértil o casal que apresenta abortamentos de repetição (≥3, consecutivos).
Há no entanto vários outros factores que afectam a concepção. Stress, obesidade, entre outros.
Diversas abordagens podem tratar a infertilidade dependendo de cada causa:
•Mudanças no estilo de vida (estilo de vida saudável, planejamento da prática sexual com ciclo ovulatório, gerenciamento do estresse e emoções).

•Tratamentos de endometriose, miomas ou transtornos menstruais.

•Uso de medicamentos anti-estrógeno, como clomifeno, para induzir a ovulação nas mulheres com disfunções ovarianas.

•Cirurgia (tradicional ou laparoscopia) para desobstruir as trompas de falópio.

•Uso de tratamentos hormonais (clomifeno ou progestinas) para alterações hormonais na fase lútea.

•Tecnologias reprodutivas assistidas (TRA) como fertilização in vitro ou injeção intracitoplasmática de espermatozóides (IIE).

Por isso, aqui o importante é não perder a esperança, pois conheço vários casos que já não acreditavam e de um dia para outro, chegou a Novidade, a Boa Nova.
Boa sorte para os que estão a tentar...

   

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